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João Pessoa

Precisamos dessa vacina

No domingo passado, acompanhamos com expectativa a autorização da ANVISA para o uso emergencial das vacinas Oxford/AstraZeneca e Coronavac. Uma esperança para o combate à Covid 19! As vacinas atuam por meio do desenvolvimento da chamada “memória imunológica”. A introdução do agente patogênico (morto ou enfraquecido) ou seus derivados no organismo estimula o sistema imune a produzir anticorpos.

A imunidade é um estado em que certos invasores nocivos não nos podem prejudicar. É ter uma defesa interna. Às vezes, as pessoas se perguntam por que sempre que são atacadas, os ataques prosperam, enquanto outras pessoas nem mesmo percebem o ataque, e parece que nada as tocam. Provavelmente o último grupo tenha um sistema imunológico resistente.

Assim como na vida biológica, a vida espiritual necessita de proteção. Normalmente, os cristãos devem ser imunes a certas práticas e comportamentos que prejudicam a vida espiritual, mas a falta de conhecimento e cuidado matam muitos, prematuramente. Quando se nasce de novo, isto é, entrega a vida ao Senhor Jesus Cristo, existem algumas coisas importantes que devemos fazer para fortalecer a nossa vida espiritual. Atos 2:42 nos mostra como os primeiros cristãos procuraram uma vacina eficaz para produzir em suas vidas espirituais um sistema de autodefesa contra os ataques da carne, do mundo e de Satanás, os quais nos afastam de Deus, levando-nos à morte. A composição dessa vacina consiste:

Da Palavra de Deus – “Eles dedicavam-se no ensino dos apóstolos…” A Bíblia é a palavra inspirada de Deus e a pedra angular da fé em Cristo. Não podemos compreender totalmente as maravilhas de nossa fé sem conhecer sua história, preceitos e promessas, que são encontrados em suas páginas. A Palavra de Deus é quem produz a fé e mudança em nossas vidas, apontando-nos os perigos que nos destroem espiritualmente, bem como revela o caminho para ser bem sucedidos. O Senhor assim nos orienta: “Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos

Da comunhão -“Eles dedicavam-se à comunhão…”  O tempo com outros cristãos é uma parte importante da nossa caminhada com Deus. Outros irmãos nos encorajam, desafiam-nos a seguir em frente e nos lembram das promessas que Deus nos fez. É na comunhão com outros cristãos que temos uma ideia de como será o céu, ali, sem as falhas de nossa natureza decaída. O escritor da carta aos Hebreus mostra-nos a importância desta prática: “Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia.” (Hb 10:25). É por meio da comunhão que podemos praticar os mandamentos recíprocos de amar, perdoar, acolher, instruir, corrigir, servir e outros.

Do sacramento – “Eles dedicavam-se no partir do pão…” Essa prática diz respeito à ordenança de Jesus na última ceia, quando Ele se identificou com o cordeiro pascoal, ao tomar o pão e o vinho, como sinal do seu corpo e do seu sangue, e tendo dado graças delegou aos discípulos, ordenando-lhes que repetissem o ato como um memorial. O partir do pão era praticado nas casas e durante a refeição comum. Era de extrema importância na vida da igreja, os primeiros cristãos em Jerusalém levavam em conta isso, pois partiam o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração. (At 2:46). O partir do pão fala da nossa participação com Cristo, no que diz respeito a sua morte e ressurreição, da nossa comunhão com Ele e com os irmãos formando um só corpo com Cristo. O partir do pão mostra-nos o sacrifício de Cristo como alimento para nossas almas, conf. (João 6:56)

Da oração –  “Eles dedicavam-se à oração.”  Podemos comparar a oração como um privilégio de um convite para entrar na sala do trono, para uma audiência particular com o rei. Somos convidados a abrir nossos corações ao Criador e Soberano do universo e apresentar-lhe nossos pedidos. É conversar com Deus. (Filipenses 4:4-7) Ele nos fala nas Escrituras, e somos convidados a falar com Ele na oração. Podemos nos dirigir a Deus como uma pessoa se dirige a outra, naturalmente, sem intermediários, exceto Jesus,  precisamos lembrar-nos de quem é Deus e falar com Ele com a reverência que lhe é devida. Pedro nos diz: “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” (1 Pd 5:6-7).

Todo cristão necessita dessa vacina, a fim de manter sua imunidade espiritual forte, e quando os vírus do pecado procurarem contaminá-lo, ele resistirá, pois sua mente estará cheia da Palavra de Deus, seu coração afogueado pelo amor na comunhão, certo de que foi resgatado pelo corpo e o sangue do Senhor Jesus Cristo, vivendo em completa dependência do Pai, por meio da oração.

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