Embora não tenha sido divulgado oficialmente, fontes ouvidas pelo Estado de Minas revelaram que a conclusão do laudo de exame feito pelo Instituto Médico Legal (IML) no corpo de Lorenza Maria Silva de Pinho, de 41 anos, mulher do promotor André Luís Garcia de Pinho, aponta a causa mortis como constrição mecânica no pescoço, o que significa que ela foi esganada.
A conclusão do inquérito será anunciada nesta sexta-feira (30/4), às 15h30, pelo Procurador-Geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares, que pretendia ter finalizado o processo nesta quinta-feira. No entanto, ele teve de ir a Brasília, a serviço, na quarta-feira, e retornou somente no início da tarde desta quinta.
O Procurador-Geral publicou em sua conta no Twitter que analisará lerá os relatórios e analisará os laudos nesta noite, revelando nesta sexta a conclusão do inquérito.
A defesa do promotor faz outra análise do laudo oficial e também tem conclusões feitas por perito particular, que falam em intoxicação por remédios e álcool.
O crime ocorreu em 2 de abril e o promotor está preso preventivamente desde o dia 4, no Corpo de Bombeiros, em Belo Horizonte. Essa prisão tem prazo máximo de 30 dias e, assim, estaria expirando nesta segunda-feira (3/5).
Para definir o fim do inquérito, Jarbas Soares precisa se reunir com os integrantes da força-tarefa que trabalha no caso e analisar todos os pontos da investigação, inclusive analisar o resultado do laudo do exame do corpo de delito de Lorenza, que é peça fundamental no inquérito.
O prazo de 30 dias da prisão preventiva estará expirando na segunda-feira, 3 de maio. Com isso, o promotor teria direito de liberdade, a menos que o caso seja concluído e seja feito o pedido de prisão temporária até o julgamento.
Palavras da defesa do promotor André Luís Garcia de Pinho
A conclusão do laudo oficial ainda não foi divulgada, no entanto, o advogado de defesa, que teve acesso ao documento, alega que não há nenhum registro que incrimine seu cliente.
Segundo ele, as conclusões são favoráveis ao seu cliente. Ele disse, inclusive, que a defesa contratou um perito para auxiliar na defesa. “O sentimento é de que não há nenhuma prova contra o dr. André e que leve à conclusão de que ele tenha cometido homicídio. Não foi cometido crime, segundo o laudo.”
Segundo o advogado, o laudo mostra que a morte foi causada por intoxicação exógena, ingestão de bebida alcoólica, mais o uso de medicamentos controlados. Não existiria nenhuma ação concreta que pudesse atribuir ao dr. André a culpa.
O laudo, no entanto, aponta contusões e hematomas internos, mas segundo o advogado, “estes podem muito bem ter sido provocados por manobras de ressuscitação. O laudo cita asfixia e intoxicação. Não existe nada que revele culpa.”