A longa briga judicial entre Giba e a ex-mulher Cristina Pirv ganhou mais um capítulo. Nesta sexta-feira, o advogado do ex-capitão da seleção brasileira de vôlei informou que 7ª Vara de Família do estado do Paraná decidiu prender Giba por causa de um processo de execução de pensão alimentícia para os filhos Nicoll, de 16 anos, e Patric, de 12 anos, no valor de R$ 300 mil. A juíza determina o pagamento integral do valor devido desde março de 2018. A ação é movida pela mãe, representante legal das crianças. Baseado numa perda substancial de rendimentos após a aposentadoria, Giba tenta desde 2017 uma revisão dos valores da pensão alimentícia para os filhos.
O Ministério Público do Paraná deu um parecer favorável ao ex-jogador para a redução da pensão, mas, ainda assim, a juíza do processo seguiu adiante com a ação de execução e determinou o pagamento imediato do valor integral devido desde março de 2018. Há dois anos, para evitar a prisão, Giba precisou pedir um empréstimo de R$ 90 mil a dois amigos para completar o valor de R$ 150 mil e pagar uma ação movida por Cristina após o pedido de redução dos valores feito pelo ex-jogador.
Em entrevista por telefone ao ge, Giba alega ter comprovado nos autos do processo que os rendimentos do trabalho como embaixador da Federação Internacional de Vôlei e de outras fontes de renda não são suficientes para pagar o valor acordado na época do divórcio, em 2013, quando ele ainda jogava (R$ 10 mil mensais que corrigidos pelos índices de inflação do período já chegam a quase R$ 15 mil).
– Cansei de ficar quieto. São sete anos em que eu estou tomando porrada, em que ela (Cristina Pirv) procura a imprensa e expõe as crianças divulgando valores de processos que deveriam ser sigilosos. É inadmissível fazer isso com os nossos filhos. Se eu fosse um pai ruim, como ela diz, você acha que as crianças me ligariam todo dia, mandariam mensagem!? Veja as minhas fotos com os meus filhos nas redes sociais – disse o campeão olímpico de 2004.
A reportagem tentou entrar em contato com Cristina Pirv, mas ainda não obteve resposta.
O atual advogado de Giba, José Silvério Santa Maria, tio do ex-jogador, assumiu a defesa do sobrinho em 2017. Ele alega que Cristina Pirv, também ex-jogadora de vôlei, tem renda suficiente para dividir os custos mensais das crianças. Segundo o ex-jogador, durante o processo de separação, abriu mão de sua parte em todo o patrimônio adquirido pelos dois durante o casamento. As propriedades seriam uma casa num condomínio de luxo em Curitiba, dois apartamentos e uma casa na Romênia. Além da renda gerada pelo alugueis desses imóveis, Cristina é dona de uma academia de vôlei na Romênia e trabalha como palestrante.
– As pessoas tendem a crer que por ser um ex-atleta de renome internacional o Giba tem possibilidades de sobra de pagar esses valores. Só que esse valor de R$ 15 mil mensais é extremamente alto levando-se em consideração a realidade atual dele e as necessidades das crianças, que têm custos mensais em torno de R$ 9.500. É provável que a Cristina tenha melhor condição financeira do que ele atualmente. Ele tem pago mensalmente R$ 6.500, que é o valor possível atualmente. E nós temos documentos comprovando que, entre 2017 e 2018, a Cristina movimentou valores acima de R$ 900 mil de várias fontes, mas ainda assim informou à imprensa que era pessoa carente com dificuldades de suprir as necessidades dos filhos – disse o advogado de Giba, que ainda citou a Constituição Brasileira para justificar o argumento da defesa de que ela “estabelece igualdade entre homens e mulheres separados” na divisão de valores da criação dos filhos.
Por depender da imagem criada nos tempos de jogador para se sustentar, o ex-capitão da seleção brasileira de vôlei afirma que as ações judiciais movidas pela ex-mulher o deixam numa situação de insolvência financeira. Em agosto deste ano, Giba e a atual mulher, Maria Luiza Daudt, tiveram uma filha, Brianna. Atualmente, o casal e a filha moram na casa dos pais de Maria Luiza, no Rio de Janeiro.
– Em 2018, eu tive um contrato de publicidade de três anos rescindido por causa da repercussão negativa do caso. Inclusive, por causa de uma penhora, a Cristina ficou com todo o valor da rescisão desse contrato, mais de R$ 60 mil – lembrou Giba.
Desde agosto de 2018, Cristina Pirv vive com os filhos em seu país natal, a Romênia. Mesmo sob o risco de ser preso caso não pague os valores arbitrados pela 7ª Vara de Família do Paraná, perguntado sobre o que espera para o desfecho do caso, Giba disse que quer rever os filhos.
– O que eu realmente quero é o direito de ver os meus filhos… Já faz 11 meses que eu não os vejo. Eu não aguento mais. Que isso possa se resolver o mais rápido possível para que eles tenham uma tranquilidade e quando forem adultos não precisem mais ver essas brigas. No fundo, eles não têm nada a ver com isso. Eu prezo pelo bem e pela segurança dos meus filhos. Pago mais do que a metade do que eles precisam pra viver com conforto. Não aceito ser pintado como esse monstro que ela (Cristina Pirv) tenta criar – completou Giba.