O Ministério da Saúde anunciou durante coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira, 11, a liberação de R$ 909 milhões destinados ao combate da pandemia de coronavírus no País. A cerimônia contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, que não se pronunciou durante o evento, e do ministro Marcelo Queiroga.
O valor será destinado às administrações municipais e dividido em quatro eixos principais: R$ 395 milhões serão para a atenção primária à Saúde; R$ 120 milhões para o apoio e cuidado de pessoas idosas; R$ 345 milhões de incentivo financeiro para garantir a segurança alimentar e prevenir a má nutrição em crianças menores de sete anos e gestantes com perfil no Bolsa Família; e fortalecimento das equipes de assistência aos povos e comunidades tradicionais, como quilombolas e indígenas, no valor de R$ 48 milhões.
Durante a cerimônia, que durou cerca de 20 minutos, Queiroga frisou que a capacidade de vacinação no País é superior a dois milhões de doses administradas por dia. Ele também voltou a afirmar que o governo federal liberou a compra de 100 milhões de doses do imunizante produzido pela Pfizer.
A previsão de entrega, de acordo com o ministro, é que o primeiro lote com 30 milhões de doses da vacina produzida pela Pfizer chegue ao Brasil até o final de setembro e os outros 70 milhões até dezembro.
Na segunda-feira, 10, o Brasil aplicou pouco mais de 900 mil doses de vacina em todo o território nacional. O principal empecilho para atingir a quantidade mencionada pelo ministro Queiroga continua sendo a falta de imunizantes.
Nesta manhã, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou que a vacina da Universidade de Oxford/Astrazeneca não fosse mais aplicada em gestantes, com base no “monitoramento constante de eventos adversos possivelmente causados pelas vacinas em uso no País”. Até o momento, pelo menos 16 Estados e o Distrito Federal já suspenderam a vacinação nesse grupo com o imunizante. O caso, entretanto, não foi comentado pelo ministro da Saúde nem pelo presidente da República.