O governo da Itália deve impor novas restrições no país na próxima semana para tentar conter o número crescente de casos de coronavírus, disse neste domingo (4) o ministro da Saúde, Roberto Speranza.
O gabinete deve se reunir nesta terça-feira (6) para decidir como reagir ao aumento no número de infecções, com o sul da Itália pela primeira vez parecendo mais vulnerável à doença.
“A batalha ainda não acabou. Não temos os números vistos em outros países europeus… mas estamos em uma fase de crescimento significativo e espero que o país encontre espírito de unidade”, disse Speranza à emissora estatal RAI.
As medidas em análise incluem tornar obrigatório o uso de máscaras mesmo ao ar livre em todo o país e reintrodução das restrições às reuniões sociais.
A Itália registrou 2.844 novos casos neste sábado (3), o maior número desde o final de abril, quando o país estava sob um lockdown de alcance nacional. As autoridades estão alarmadas com os surtos no sul, com a região da Campânia, principalmente Nápoles, vendo mais de 400 novas infecções por dia pela primeira vez.
Para ajudar a manter o controle e garantir que as regras de distanciamento social sejam respeitadas, o Ministério do Interior disse no sábado que soldados podem ser enviados, bem como a polícia, a alguns pontos críticos.
A Itália foi o primeiro país da Europa a ser acometido pela Covid-19 e tem o sexto maior número de mortes no mundo, com quase 36.000 vítimas desde o início do surto em fevereiro. Até sábado, haviam sido registrados 322.751 casos.