Na manhã desta sexta-feira (20), o Google anunciou que demitirá cerca de 12 mil funcionários no mundo todo, cerca de 6% do seu quadro. Em carta assinada por Sundar Pichai, CEO do Google e da Alphabet, a companhia informa que já enviou um e-mail aos funcionários afetados nos EUA, e que em outros países “esse processo levará mais tempo devido às leis [trabalhistas] e práticas locais”.
Na carta, Pichai assume “total responsabilidade pelas decisões que nos trouxeram até aqui”. “Isso significa dizer adeus a algumas das pessoas incrivelmente talentosas que trabalhamos duro para contratar e com as quais adoramos trabalhar. Sinto muito por isso”, escreveu o CEO.
O Google informou que, com o processo de demissões, pagará o período de notificação aos funcionários dos EUA com um prazo mínimo de 60 dias, além de oferecer um “pacote de indenização de 16 semanas de salário mais duas semanas adicionais para cada ano adicional no Google”.
Pagamentos de bônus e restante de férias, além de mais seis meses de assistência médica e suporte de imigração serão oferecidos pela empresa. Para outros países, ressaltou, o processo deverá seguir as leis trabalhistas locais.
“Ciclos difíceis”
O Google ressalta que, como “uma empresa de 25 anos, estamos fadados por ciclos econômicos difíceis”. Segundo Pichai, os investimentos iniciais em Inteligência Artificial (IA) impulsionaram os avanços em produtos da companhia e devem seguir como norte para os próximos anos.
Na quarta-feira (18), a Microsoft confirmou a redução de 5% do seu quadro de funcionários, ou cerca de 10 mil funcionários. No mesmo dia, a Amazon iniciou o comunicado de demissão, anunciado no início do mês, que deverá afetar cerca de 18 mil pessoas. Já em novembro, foi a vez da Meta anunciar a demissão de 11 mil funcionários.
O Google deverá informar seus resultados fiscais de 2022 no começo de fevereiro. Como parte do anúncio, a empresa realizará um fórum na segunda-feira (23) com os funcionários e permitiu, hoje, que as pessoas possam trabalhar de casa.