O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin determinou que o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) julgue nesta 3ª feira (25.ago.2020) uma representação apresentada contra o procurador Deltan Dallagnol. O caso foi apresentado ao conselho do MP pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Concedo em parte a tutela de urgência requerida, a fim de determinar que o Conselho Nacional do Ministério Público mantenha a inclusão na pauta do pedido de providências”, escreveu Fachin na decisão.
Lula pede que o coordenador da Lava Jato no Paraná e outros procuradores sejam punidos por abuso de poder. O motivo é uma apresentação em PowerPoint, de 2016, em que o ex-presidente é representado por Deltan como chefe de organização criminosa.
Cristiano Zanin e Valeska Teixeira Martins, advogados de Lula, argumentaram que recorreram ao STF depois de decisões da Corte que beneficiaram Deltan.
O procurador é alvo de outros 2 processos no CNMP, que questionam a atuação do procurador à frente da Lava Jato e pedem que ele seja removido do comando da operação. O ministro do STF Celso de Mello suspendeu os julgamentos até que o plenário da Corte tome uma decisão final.
A 1ª ação foi apresentada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). Segundo ele, Dallagnol fez campanha na internet para atacá-lo. A 2ª ação é 1 pedido da senadora Kátia Abreu (PP-TO). A congressista cita 16 reclamações disciplinares contra Dallagnol e também o acordo com a Petrobras para que R$ 2,5 bilhões recuperados fossem destinados a 1 fundo da Lava Jato.