Em entrevista exclusiva ao Balanço Geral, da Record TV, a jovem Isabela Tibcherani, filha de Paulo Cupertino, suspeito de assasinar seu namorado e sogros em junho 2019, diz que não o considera mais como pai. “A sensação é horrível. Ele diz: ‘minha filha está me acusando’, mas que filha? Ele não tem mais uma filha”, relatou. Cupertino estava foragido havia três anos.
Com a prisão do pai na tarde de segunda-feira (16), Isabela espera encontrar paz. “A maior luta nos últimos três anos foi continuar vivendo”
Isabela teve não apenas seu lado psicológico abalado por presenciar o pai matar o namorado e os sogros, mas teve sua vida pessoal e profissional afetada. Até hoje Isabela tem problemas para conseguir emprego por ser filha de Cupertino e pelo envolvimento no caso. Segundo ela, nenhuma empresa quer contratar uma pessoa que, apesar de capacitada, “tem a cara estampada em todos os lugares”.
Questionada se tinha medo de o pai permanecer livre durante todo esse tempo, a jovem afirmou que não acreditava que Cupertino pudesse ir atrás da família cometer outro crime, mas se fosse, não faria diferença. “Nada me impressiona mais”, disse.
O suspeito foi preso após quase três anos foragido. Com deboche, Cupertino disse à delegada Ivalda Aleixo que a polícia o procurou durante todo esse tempo “no lugar errado“.
Isabela, hoje com 22 anos, afirma que esperou muito por essa prisão e o sentimento é de “justiça feita”. Ela relata que tem curiosidade em ouvir o que o pai falaria caso se encontrasse com ele.
Na época do crime, a jovem contou à reportagem que Cupertino era agressivo dentro de casa e que tinha um sentimento de posse sobre ela, o que acredita ter motivado o assassinato a sangue frio.
Agora, Isabela quer mudar. “Eu quero encontrar paz. Perdoei meu pai porque quando você não perdoa, o prisioneiro é você”. Mas ela tem receio do que pode acontecer daqui para frente. “É óbvio que a prisão dele é uma coisa boa, mas significa que vai acontecer tudo de novo, a exposição e o desgaste”.
Mesmo assim, a filha de Cupertino tem planos para o futuro. Ela prestou vestibular e pretende estudar psicologia, que é um sonho de criança.