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João Pessoa

Em tempo de isolamento, necessitamos exercitar a loganimidade

Leia Provérbios 16:32

Alexandre, o Grande, certa vez, num acesso de raiva, atingiu e matou seu general amigo e favorito. Em resposta à sua ação ele gritou: “Conquistei o mundo, mas não posso dominar minha própria alma.” Você já se sentiu assim? Salomão, o grande sábio, afirmou: “Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade.” Longanimidade é a característica daquele que é tardio em irar-se, ou seja, a pessoa longânime possui uma tolerância, que a capacita a suportar situações adversas com paciência, firmeza e serenidade.

Como é difícil ser longânime no trânsito, nas redes sociais, nos conflitos familiares, no trabalho. Quando alguém fala algo de que você não gosta, ou o prejudica em algum momento, a tendência é o revide imediato, atingindo até pessoas que amamos, como fez Alexandre.

Algumas orientações importantes sobre como lidar com o nosso temperamento.

Avalie as consequências – Todas as vezes que explodimos, haverá resultados negativos. “O homem irado provoca brigas, e o de gênio violento sempre causa problemas e discórdias.” (Pv 29:22). Quando perdemos a paciência, sempre colheremos perdas dolorosas. Podemos perder o respeito, a saúde, a família, os amigos e tantas outras coisas boas. Will Rogers diz algo relevante: “As pessoas que ficam furiosas raramente fazem um bom pouso.” Por isso, devemos avaliar os resultados da nossa falta do controle temperamental.

Conte até dez antes de falar ou agir – Se adquirirmos o hábito de pensar antes de reagir, certamente teríamos menos estresse e agiríamos com sobriedade. “O tolo mostra toda a sua raiva, mas quem é sensato se cala e a domina.” (Pv 29:11) Thomas Jefferson disse uma vez: “Quando estiver zangado, conte até dez antes de falar; se estiver muito zangado, conte até cem.” Saiba que você pode controlar sua raiva, pois ela é uma escolha. O problema é que você controla o que deseja conter, mas em muitas situações não demonstramos qualquer interesse em dominar nossas emoções, especialmente quando queremos fazer prevalecer a nossa vontade. “Quando um tolo fica irritado, ele rapidamente deixa claro.” (Pv 12:16) Salomão ainda afirma: “A sabedoria do homem lhe dá paciência; sua glória é ignorar as ofensas.” (Pv 19:11)  Você já reparou que para algumas pessoas tudo é vida ou morte? Sempre estão nos extremos! Não são capazes de ignorar nada. As pessoas sábias tornam-se maduras e são capazes de ignorar insultos, mágoas, aprendem a controlar os seus impulsos e lidar com opiniões contrárias, a fim de viver em harmonia com o seu próximo.

Olhe para Cristo – Enquanto somos incapazes de praticarmos a longanimidade em todas as circunstâncias, o Mestre foi perfeitamente capaz de vivenciar a sabedoria descrita por Salomão, no texto supracitado. Ele sempre dominou seu espírito, mostrando serenidade e domínio próprio. Quando assediado pelos fariseus, saduceus de forma ardilosa e irritante, ao ponto de acusá-lo de realizar suas obras por meio de Belzebu, Jesus sempre manteve o domínio e se comportava com sabedoria, ensinando-os a verdade. Em sua via sacra, quando açoitado, torturado com uma coroa de espinho, cuspido no rosto, zombado, Ele suportou com paciência, e como ovelha muda foi levado ao matadouro, para cumprir sua missão. Nos últimos momentos na cruz do Calvário Ele intercede pelos seus algozes: “Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!”

A solução para nossa falta de domínio próprio é a cruz do Calvário, porque não somos capazes de dominar o nosso espírito por nós mesmos. Quando compreendemos a obra de Cristo por nós, e O recebemos como nosso Senhor e Salvador, somos revestidos dEle, recebemos o Seu espírito que passa habitar em nós. Somos novas criaturas. Despimo-nos do velho homem e somos revestidos do novo homem, em Cristo Jesus. “Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade.” (Ef 4:22-24) Na carta aos Gálatas, o  Apóstolo Paulo nos ensina que o fruto do Espírito, que habita em nós, é o domínio próprio. (Gl 5:22-23. Quando passamos por esse processo, Deus por meio da Sua Palavra e os meios da graça nos santifica, fazendo-nos cada vez mais capazes de manter sob controle os nossos espíritos, e lutar contra o pecado.

Quando diante  de pressão, expressaremos aquilo que temos no nosso interior. Assim,  somente em Cristo, cada um de nós pode avançar e crescer no domínio próprio, e experimentar do resultado da sabedoria que Salomão nos ensina.

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