A derrota de Márcia Lucena na cidade de Conde foi uma grande resposta do povo ao ‘modo girassolaico’ de governar. Explico o meu pensar nas próximas linhas. Leia, discorde, concorde, mas reflita…
Por mais que se registrem obras, ações governamentais, compromissos com pagamentos das folhas salariais e outros aspectos positivos, a arrogância, a insensibilidade e o total desamor prático por quem lhe confiara a cidade foram fatores determinantes para o povo que se ‘vingou’ nas urnas. Falo de atitudes que no dia-a-dia foram causando uma ruptura entre o povo e a gestora, a ponto de muitos aprovarem a gestão em certa medida, mas reprovarem a gestora, numa reprovação sem medida, aliás, medida pelo voto ou pela falta deles em número suficiente para continuar no comando da cidade.
A imposição de seus ‘gostos’ culturais, a importação de gente de fora para ocupar as vagas que seriam do povo de Conde no serviço público, o ‘assassínio’ do carnaval, o que afasta o turista, o atentado contra as festas populares e religiosas, o descuido absurdo com a saúde e o escândalo de ter a cidade sendo governada por alguém presa a uma tornozeleira eletrônica, acusada de ser uma das líderes do maior escândalo de corrupção da história da Paraíba, com toda certeza fizeram com que o Conde dissesse não ao projeto dos girassóis.
A postura ditatorial que praticamente arruinou a construção civil, que fechou pousadas, bares e restaurantes foi ferida mortalmente e o Conde rejeitou Márcia e sua turma, relegando-a à condição de derrotada.
A imensa presença dos muitos ‘Corcorans girassolaicos’ é outro fator que durante muito tempo revoltou grande parcela da população. Não são poucos os episódios em que ‘agentes da republiqueta pseudo bolivariana da província da Conde, na Parahyba do Norte’ foram às redes sociais e atacaram pessoas, famílias e até as memórias de pessoas que já partiram e eram muitos amadas pelo povo daqui. É imensurável a falta de sensibilidade, respeito e amor ao ser humano.
Márcia tem aspectos positivos em sua gestão? Sim tem. Mas nenhum deles é maior do que a insensibilidade e o desrespeito com que sua gestão tratou o povo de Conde, sua história, sua fé e seus valores.
Por fim, a grande verdade é que após quatro anos, Márcia, sua gestão e toda sua bagagem girassolaica foram medidos, avaliados, pesados e considerados insuficientes. Isso é democrático, é normal e não incomum em Conde.
Para Karla Pimentel e Dedé Sales foi dado um voto de confiança, mas junto com ele, um claro sinal de que o povo de Conde já não aceita nada menos do que ser tratado com dignidade, honra e respeito.
Que venham os tempos e que eles sejam realmente novos! Mais que um desejo, essa é uma oração!
Está dito!