Após meses de embate com governadores sobre o enfrentamento à covid-19 no País, o presidente Jair Bolsonaro adotou um tom conciliador no lançamento do plano nacional de vacinação. Em evento no Palácio do Planalto nesta quarta-feira, 16, o presidente pregou “união” com as autoridades estaduais pelo “bem-comum” e minimizou “exageros” ocorridos.
No palco, ao lado do presidente, estavam até mesmo adversários políticos, como os governadores do Piauí, Wellington Dias (PT), do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), do Ceará, Camilo Santana (PT), e do Pará, Helder Barbalho (MDB). O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), não participou.
“A grande força que todos nós mostramos agora é união para buscar solução de algo que nos aflige há meses. Se algum de nós extrapolou ou até exagerou foi no afã de buscar solução”, disse. “Nós todos irmanados estamos na iminência de apresentar uma alternativa concreta para nos livrarmos desse mal, que é o plano nacional de operacionalização da vacinação contra a covid-19”, completou Bolsonaro.
Em seu discurso, o presidente afirmou que o País conta com “27 governadores com um só propósito: o bem comum e a volta à normalidade”. O chefe do Executivo voltou a repetir que o governo irá adquirir imunizantes de empresas que se encaixarem “nos critérios de segurança e efetividade” da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sem citar o veto que havia feito em outubro à Coronavac.
O presidente ressaltou ainda que Anvisa é uma agência “referência” e de “participação fundamental na decisão de qual vacina deve ser apresentada de forma gratuita e voluntária para todos os brasileiros”. “Peço a Deus que estejamos certos. A solução está por vir”, reforçou. Ele afirmou ainda que espera “brevemente” o retorno do País à normalidade.
Em seu discurso, o presidente também fez um agradecimento especial ao presidente da Anvisa, almirante Antônio Barra Torres, e a coordenação do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. Em mais um sinal de paz, Bolsonaro disse que deputados e senadores foram “excepcionais” no apoio ao governo para o combate à pandemia e o socorro de Estados e municípios.