A cantora e blogueira Aline Borel, de 27 anos, foi encontrada morta com marcas de tiros nesta quinta-feira (21) em Araruama, na Região dos Lagos do Rio, segundo a Polícia Civil.
De acordo com a Polícia Militar, o corpo foi localizado na Rua Dr. Leal, na Praia do Dentinho e a área foi isolada. Também segundo a PM, uma perícia inicial encontrou duas marcas de tiros no corpo de Aline.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil na 118ª DP. A polícia ainda não divulgou informações sobre a linha de investigação.
Aline ficou conhecida nas redes depois de publicar vídeos cantando vídeos com músicas autorais e também músicas famosas, como da dupla Sandy e Júnior.
Entre os maiores sucessos de Aline estão “É Cansativa a Vida do Crente”, um funk com letra gospel. Ela também ficou conhecida como um ícone da internet por conta de memes a partir dos vídeos que publicava.
No Instagram, o perfil de Aline é seguido por famosos como Linn da Quebrada, Maisa Silva e Grag Queen.
Depressão e acompanhamento psiquiátrico
Em abril de 2019, a influenciadora se afastou das redes sociais. Uma nota foi publicada informando que Aline sofria de depressão há alguns anos e fazia tratamento psiquiátrico. Por conta de uma recaída, a família anunciou que ela ficaria afastada por tempo indeterminado.
Aline fazia acompanhamento no Centro de Assistência Psicossocial. Em nota, a equipe do CAPS II disse que manifesta sua profunda tristeza com a morte da usuária do Serviço.
“Tristeza pela perda e tristeza pelas condições de sua morte, um assassinato de modo brutal. Aline era acompanhada por nosso equipamento de saúde e, ao longo desse tempo, nossa equipe técnica a auxiliava a lidar com seus sofrimentos psíquicos intensos e na produção de novos modos e formas singulares de sustentar a vida, assim como suporte a sua família. Aline tinha depressão profunda e utilizava a música e a arte como recursos terapêuticos para falar de si e do mundo”, diz um trecho da nota.
“Como trabalhadores da Saúde Mental acreditamos que somente com respeito à singularidade e a diferença podemos traçar caminhos de vida e de sociedades melhores”, completou a nota do CAPS.
O município informou que se solidariza com a dor da família e que continuará acolhendo e acompanhando através de visita domiciliar, atendimento psicoterapêutico e disse que deseja que a morte de Aline não seja uma violência silenciada.