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Fiocruz nega ao STF pedido para “reservar” vacinas a servidores da Corte

A Fiocruz enviou resposta nesta quarta-feira (23) ao Supremo Tribunal Federal (STF) negando o pedido para “reservar” vacinas a 7 mil servidores da Corte. A Fundação alegou que não possui autonomia “nem para dedicar parte da produção” para a imunização de seus próprios servidores.

Ao tomar conhecimento do fato, o ministro Marco Aurélio Mello comentou que estava “envergonhado” com a solicitação do tribunal.

Na corrida pela imunização contra o novo coronavírus, o STF e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) procuraram a Fiocruz para acertar a “reserva” de vacinas, o que permitiria que os tribunais fizessem as suas próprias campanhas de saúde. Os dois pedidos foram negados.

“Em relação ao pleito formalizado pelo STF, vimos informar que toda a produção da Fiocruz será integralmente destinada ao Ministério da Saúde. Infelizmente, a Fiocruz não possui autonomia nem para dedicar parte da produção para a imunização de seus servidores. Isto posto, sugerimos que o Superior (sic) Tribunal Federal encaminhe um ofício, diretamente para o Ministério da Saúde, formalizando o legítimo pleito de imunização de seus quadros”, escreveu o chefe de gabinete Valcler Rangel Fernandes da presidência da Fiocruz.

Em ofício obtido pelo Estadão, o STF afirma que a reserva das doses possibilitará o cumprimento de dois objetivos: imunizar o maior número possível de trabalhadores do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e “contribuir com o País nesse momento tão crítico da nossa História, ajudando a acelerar o processo de imunização dos brasileiros”.

“Na qualidade de integrante do Supremo, peço desculpa aos contribuintes, lembrando que todo privilégio é odioso. Os brasileiros ombreiam”, criticou o ministro Marco Aurélio. “Super inadequado. Sinto-me, frente aos concidadãos, envergonhado.”

Nesta quarta-feira, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) também confirmou que procurou a fundação.

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