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João Pessoa

A perseguição aos cristãos no Iraque

Na Lista Mundial da Perseguição 2020, a pontuação do Iraque diminuiu de 79, em 2019, para 76 pontos, o que fez com que mudasse da 13ª posição para a 15ª. As pontuações quanto à pressão e violência diminuíram com a perda territorial do Estado Islâmico. Entretanto, isso não significa que está tudo bem, a ideologia do grupo não está morta e tem influenciado a população local.

O número de cristãos mortos visivelmente aumentou e cristãos continuam a ser física e mentalmente prejudicados, ameaçados e assediados sexualmente. Atos de violência contra cristãos foram, em sua maioria, cometidos por militantes islâmicos, considerando que cristãos ex-muçulmanos enfrentam a maioria da violência da própria família.

A média de pressão sobre os cristãos iraquianos continua em um nível extremo, apesar de baixar um pouco comparado ao ano anterior. Ela é registrada nesse nível em todas as esferas da vida, menos na da igreja, e provém de diferentes tipos de perseguição, entre eles a opressão. O nível de violência contra cristãos continua muito alto, mesmo tendo leve queda. Isso ainda é demonstrado pela quantidade de ataques a igrejas, sequestros e expulsões.

A perseguição na prática


No nível social, cristãs ex-muçulmanas são particularmente vulneráveis à perseguição pela fé. A pressão vem em maior parte da família, principalmente se ela continua morando junto. Uma convertida corre riscos de enfrentar diversos abusos, entre eles prisão domiciliar, assédio e violência sexual e até mesmo a morte, caso a fé seja revelada. Mulheres cristãs não podem se casar oficialmente com homens da mesma fé, já que elas ainda são consideradas muçulmanas e o Estado não permite casamento entre pessoas de fés diferentes. Quando são obrigadas a se casar com maridos muçulmanos, isso ocasiona diversas fugas.

O Estado Islâmico é conhecido por tratar mulheres de forma inferior, principalmente se forem de minorias religiosas. Por conta disso, em algumas áreas, mulheres e meninas cristãs usam véu para a própria segurança. Além disso, nas próprias comunidades locais, principalmente nas escolas do governo, meninas cristãs são vistas como mais fracas e sempre ridicularizadas pela fé. Elas são sempre pressionadas para voltar para o islamismo e suas notas podem ser impactadas se desafiarem abertamente conceitos por conta da fé.

Para os homens cristãos, a discriminação acontece na escola e trabalho, isso se conseguirem um emprego. Eles também podem enfrentar perseguição das famílias, incluindo mortes violentas. Essas perdas não afetam apenas as famílias enlutadas, mas também a igreja local, que carece de potenciais líderes.

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