O Ministério Público Eleitoral entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral Jugada (AIJE) e pede a cassação do registro de candidatura para reeleição de Luciene de Fofinho para Prefeitura de Bayeux. Luciene de Fofinho é acusada pelo MPE por abuso de poder econômico no município.
De acordo com o documento que o ClickPB teve acesso, a promotoria revela que a atual prefeita convocou o vereador de Maturéia, Bruno Wanderley, para assumir a Secretaria Municipal de Saúde de Bayeux. O promotor alerta que o cargo “precisa de dedicação exclusiva”, e o secretário também é candidato a reeleição no município de Maturéia.
“É de se estranhar como um político, em plena campanha, deixa seu domicílio eleitoral e aceita gerir a Secretaria de Saúde de uma cidade, além de distante, como anteriormente dito, é totalmente estranha aos seus interesses”, afirma o promotor.
Logo em seguida a promotoria revela que Luciene de Fofinho realizou contratações de empresas, compra de máquinas com alto valor, além de aglomerações para entrega de cestas básicas, também de alto valor. A promotoria também acusa a atual prefeita de causar aglomerações, com a população sem máscara e proteção contra o coronavírus.
Também é acusada de contratar uma empresa de Pernambuco para sanitizar escolas do município, mesmo estas sem previsão para reabertura devido à pandemia.
” As práticas abusivas de Luciene Gomes consubstanciam hediondo desvio de finalidade administrativa e perfectibiliza o abuso de poder político qualificado, a ensejar a aplicação das sanções previstas no art. 22, XIV da LC nº 64/905″, afirma.
” Considerando que as atitudes acintosas da candidata Luciene Gomes está sendo feita em plena campanha eleitoral, é fácil deduzir que o objetivo é obter o voto do eleitor, usando a máquina pública”, continua.
O documento é assinado pelo promotor eleitoral da 61ª zona, Demetrius Castro de Albuquerque Cruz.