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OMC terá 1ª mulher no comando após disputa entre nigeriana e sul-coreana

Duas mulheres, a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala e a sul-coreana Yoo Myung-hee, são as candidatas finalistas na disputa pela direção geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), anunciou nesta quinta-feira (8) o organismo.

Os dois nomes foram anunciados oficialmente pelo porta-voz da OMC, Keith Rockwell, na sede da organização em Genebra.

A vencedora deve ser definida no início de novembro e irá assumir a vaga deixada pelo brasileiro Roberto Azevêdo, que renunciou um ano antes do esperado, no final de agosto.

Combinação de fotos de arquivo mostra a Ministra do Comércio da Coreia do Sul Yoo Myung-hee (esquerda), em foto de 16 de julho de 2020, e a ex-ministra das Finanças e Relações Exteriores da Nigéria, Ngozi Okonjo-Iweala, em foto de 15 de julho de 2020 em Genebra, na Suíça — Foto: Fabrice Coffrini/AFP

A organização, em crise devido em parte aos ataques do governo do presidente americano Donald Trump, sempre foi comandada por homens. O organismo comercial de 25 anos de existência nunca teve uma mulher ou alguém da África como líder.

As duas receberam forte apoio da União Europeia (UE) esta semana, depois que a Hungria – que a princípio respaldava Liam Fox, ex-ministro britânico do Comércio Exterior e pró-Brexit, e a candidata queniana Amina Mohamed – se alinhou com os demais membros da UE.

O saudita Mohammed Al Tuwaijri também foi eliminado.

Ngozi Okonjo-Iweala, 66 anos, foi a primeira mulher de seu país a comandar os ministérios das Finanças e das Relações Exteriores. Ela é formada em Economia e também foi diretora de operações do Banco Mundial.

Até recentemente, ela também presidiu a Aliança Global para Imunização e Vacinação (GAVI, na sigla em inglês) e liderou um dos programas da Organização Mundial da Saúde de luta contra a covid-19.

Yoo Myung-hee, 53 anos, é a primeira mulher de seu país a dirigir o ministério do Comércio.

Em 1995, ela assumiu as questões da OMC neste ministério e depois coordenou as negociações sobre acordos de livre comércio, em particular o pacto entre China e Coreia do Sul. Também trabalhou na embaixada da Coreia do Sul na China (2007-2010).

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FONTE:G1
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