A Paraíba dobrou a produção de algodão em caroço de 2018 a 2019. É o que revela a Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a qual o ClickPB teve acesso aos dados. Mesmo com redução de forma geral nas lavouras do estado, algumas culturas tiveram resultado positivo em 2019, em comparação com 2018. O aumento mais significativo foi constatado no cultivo do algodão em caroço (herbáceo). A alta foi de 581 toneladas para 1,1 mil toneladas, nesse período, o que representa 101% de crescimento. A área colhida também cresceu 91%, de 477 hectares para 911.
Já as plantações de melancia tiveram aumento de 23,7% na quantidade produzida, passando de 4,6 mil toneladas para 5,7 mil, e de 14,2% na área colhida, que aumentou de 14,8 mil hectares para 15,3 mil. A produção de cebola também teve alta, de 14,7%, passando de 3,5 mil toneladas para 4 mil, com crescimento de 22,4% na área colhida.
Em relação a lavouras permanentes na Paraíba, os crescimentos constatados pela pesquisa, no mesmo período, foram menores. O cultivo de sisal ou agave (fibra) teve alta de 8% na produção, que passou de 4,3 mil toneladas para 4,6 mil, e de 0,4% na área colhida. As plantações de abacate tiveram acréscimo de 6,2% na quantidade produzida, que passou de 536 toneladas para 569, apesar do recuo de 1,3% na área colhida. Já na cultura da laranja, observou-se aumento de 4,6% na produção, que passou de 4,3 mil toneladas para 4,6 mil, e de 1,4% na área colhida.
No mesmo intervalo, por outro lado, também foram observadas reduções significativas. Entre as lavouras temporárias, destacam-se as plantações de feijão em grão, com queda de 37,6% na produção e de 15% na área colhida; as de milho em grão, com recuo de 28% na quantidade produzida e de 13,8% na área; as de tomate, com diminuição de 23,4% na produção e de 20,8% na área; e as de amendoim em casca, com retrações de 23% na quantidade e de 2,4% no total de hectares colhidos.
As maiores reduções, nas lavouras permanentes, foram verificadas na cultura de mamão, com queda de 20,2% na produção, que passou de 28,4 mil toneladas para 22,6 mil, e de 9,8% na área colhida; na de pimenta-do-reino, com decréscimo de 10,5% na quantidade produzida, caindo de 57 toneladas para 51, e estabilidade na área; e na de maracujá, com diminuição de 5,5% no total de produtos, mas crescimento de 2,7% na área colhida.
