A juíza Michelini de Oliveira Dantas Jatobá recebeu a denúncia do Ministério Público estadual contra o radialista Fabiano Gomes da Silva, no caso da Operação Calvário. Na denúncia, o MP pediu a prisão preventiva do radialista, mas o pedido foi negado pela magistrada.
Fabiano é acusado de tentar extorquir possíveis alvos da investigação, passando a exigir indevida vantagem econômica sob o argumento de possuir informações privilegiadas. Uma das vítimas, de acordo com o Ministério Público, teria sido o empresário Denylson Oliveira Machado, sócio de uma empresa de sorteios.
“Neste momento, não nos é dado saber, com segurança, se as circunstâncias que ensejaram o pedido de prisão cautelar ainda persistem, de modo a justificá-la, em toda a sua excepcional gravidade”, ressaltou a magistrada ao decidir sobre o caso.
Da decisão cabe recurso.
Outro lado
Ao Jornal da Paraíba, o radialista Fabiano Gomes negou que a ação tenha relação com a Operação Calvário. “Só fala sobre uma suposta extorsão, que tenta me vincular à Calvário”, reitera. “Se tivesse calvário eu estaria no TJ pelo privilégio de Estela (Bezerra), Cida (Ramos) e Márcia (Lucena)”, completou.
“Só fala sobre uma suposta extorsão, que tenta me vincular à Calvário”, diz Fabiano
A 8ª fase da Calvário
A ação foi deflagrada no dia 10 de março pela Polícia Federal e pelo Gaeco, com apoio da Controladoria Geral da União – CGU. A operação culminou na prisão do radialista Fabiano Gomes e no cumprimento de nove mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, e no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba. A última fase da operação aponta o envolvimento da Lotep no esquema criminoso de desvio de recursos.