De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (1), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no 2º trimestre avançou 1,2%, na comparação trimestral. O resultado ficou acima dos números prévios de 1% e da expectativa do mercado, que era de uma alta de 0,9%.
No acumulado dos últimos 12 meses, o PIB brasileiro avançou 3,2%, maior que a previsão de 2,8% e que o resultado anterior de 1,7%.
André Perfeito, economista-chefe da Necton, avalia que o resultado é bom e deve elevar as projeções para 2022, uma vez que muito dos incentivos dados pelo governo se concentram no terceiro trimestre, como o Auxílio Brasil e a queda da gasolina.
“A leitura preliminar dos dados do IBGE mostram desempenho favorável do consumo das famílias. Isso acontece pela retomada do emprego que, apesar de ter um rendimento médio real por trabalhador ainda baixo, fez que a massa salarial subisse na esteira de mais gente trabalhando”, destaca Perfeito.
Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, afirma que, ao observar os três grandes setores da economia, os destaques positivos foram a indústria (2,2%) e o setor de serviços (1,3%).
“Este último deve continuar sendo o motor da economia até o fim do ano”, acredita Sung. O economista completa que, na ótica da despesa, destaque para o crescimento do consumo das famílias (2,6%), dos investimentos (4,8%) e das importações (7,6%). “Os dados refletem a abertura da economia, benefícios fiscais e a demanda represada na pandemia. As principais razões da melhora da atividade, que vem desde o início do ano, se dão pela reabertura da economia; recuperação do mercado de trabalho e benefícios fiscais como, por exemplo, a liberação de saques extraordinários do FGTS e antecipação do 13° salário para aposentados e pensionistas do INSS”.