Um bate-boca entre um coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e o deputado distrital Roosevelt Vilela (PL) movimentou o ato realizado por policiais e bombeiros militares nesta quarta-feira (30/3), em frente à Câmara Legislativa (CLDF). A confusão ocorreu após o comandante do 3º Batalhão (BPM), Nafêz Cury, desligar o carro de som onde o parlamentar estava.
Irritado, o parlamentar determinou que o sistema de som fosse religado pelo oficial. “Tá mexendo no som por que, coronel? O governador manda do lado de lá; aqui é Câmara Legislativa, outro poder. Ou o senhor toma providência e libera o som ou eu vou ter que tomar providência contra a pessoa do senhor”, esbravejou o distrital.
A coluna apurou que houve ordens do alto comando para que integrantes do batalhão da Asa Norte fossem até o local e evitasse que o deputado falasse do alto do carro de som. Com a proximidade da campanha eleitoral, se acirra a disputa pela fatia dos votos das corporações militares, tanto da PMDF quanto do Corpo de Bombeiros.
Veja imagens da discussão:
Mais tarde, em plenário, o deputado Hermeto (MDB) rebateu Roosevelt, ressaltando que ele deveria “entregar os cargos que mantém no governo”, pois teria se comportado como oposição ao participar de um ato promovido pela Caserna, associação que defende os interesses de policiais e bombeiros militares.
“Vossa excelência estava falando para um grupo de 30 policiais que fazem oposição ferrenha ao governo que vossa excelência faz parte, que tem o comando do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Não faça esse joguinho no plenário comigo”, afirmou.
Procurado pela coluna, Rooselvet se manifestou por meio de nota sobre a discussão que ocorreu no ato. “Durante movimento realizado por policiais e bombeiros militares do DF para valorização das categorias, o deputado Roosevelt Vilela, que foi convidado por eles, chegou ao local e se dirigiu ao caminhão para cumprimentar os colegas de farda. Logo no início de sua fala, um coronel da PM desligou o som, sem comunicar ninguém, momento em que Roosevelt Vilela se dirigiu ao militar, questionando-o pela atitude, que respondeu estar cumprindo ordens”, ressalta a nota.
A assessoria do parlamentar destacou, ainda, que “Roosevelt ressaltou que a conduta do coronel era inadequada, porque ele poderia ter procurado o parlamentar antes de desligar o som, sem interrompê-lo durante o uso da fala, como foi feito. Sendo assim, o deputado fez valer a sua prerrogativa constitucional e exigiu que fosse reestabelecido o som para que ele voltasse a fazer o uso da palavra – tendo em vista que a reunião ocorria nas imediações da CLDF – o que foi cumprido pelo coronel”, diz a nota.
