O Centro Especializado de Diagnóstico do Câncer da Paraíba (CEDC), em parceria com o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), está realizando um mutirão de mamografia para as mulheres indígenas Potiguaras, dos municípios de Marcação, Baía da Traição e Rio Tinto, e Tabajaras, do município de Conde. A expectativa é que 1000 usuárias realizem o exame. A ação acontece nas terças e quintas-feiras, no final da tarde, e irá continuar mesmo após o encerramento da campanha do Outubro Rosa.
De acordo com a coordenadora estadual de saúde da população negra e das comunidades tradicionais, Adélia Gomes, a ação é importante para que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) garanta, dentro da faixa etária de rastreamento que é a partir de 50 anos, a mamografia e o acompanhamento a esse público.
A coordenadora afirma que, por dia de ação, 15 mulheres indígenas são atendidas no CEDC. Até o momento, aproximadamente 100 pessoas desta população realizaram o exame. Adélia Gomes reforça o papel do serviço no atendimento dessas mulheres. “Quando a gente atende uma comunidade tradicional, como a comunidade indígena, dialogamos com elas, valorizando sua linguagem e sua tradição. Na sala de espera do CEDC, enquanto estão aguardando o exame, elas estão encontrando uma forma de passar esse tempo, que é falando de sua tradição, fazendo suas danças e dando visibilidade à sua cultura”, destaca.
A referência técnica do DSEI, Edianne Cavalcanti da Silva, afirma que os exames de média complexidade são de difícil acesso, principalmente quando se leva em conta as especificidades culturais de cada etnia. “Diante disso, a parceria do DISEI Potiguara e a SES fortalece ainda mais os vínculos da população indígena com os profissionais que tanto se dedicaram para que esta ação fosse possível”, pontua.