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‘ÓDIO DO BEM’: Jean Wyllys diz que cuspiria em Bolsonaro de novo: ‘Não me arrependo’

Recém-filiado ao PT, o ex-deputado federal Jean Wyllys, que protagonizou a grotesca cena em que cuspiu no então deputado Jair Bolsonaro, em 2016, declarou em entrevista ao portal Uol que não se arrepende do gesto. Ainda segundo o ex-psolista, ele “faria novamente” o ataque realizado durante sessão na Câmara que votou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

– Claro que faria novamente naquelas circunstâncias, esse gesto ganha significado maior e é mais compreendido hoje do que naquele momento. Só lembro que cometi esse ato porque tem imagens, entrei em um tipo de transe – disse.

Jean ainda justificou a atitude afirmando ter cuspido em Bolsonaro porque ele dedicou seu voto ao coronel Carlos Brilhante Ustra, acusado de ter sido um dos torturadores de Dilma na época da ditadura militar.

– Não bastava humilhar publicamente e tirar o mandato eleito pelo povo, mas (o voto de Bolsonaro) implicava em reacender traumas terríveis dela, uma pessoa que nunca foi torturada não pode nem ter ideia do que é isso e dessas feridas dentro de nós – explicou.

Jean também completa dizendo que Bolsonaro fez ataques homofóbicos antes de ele se descontrolar.

– Aquilo foi tão indigno, eu tremia de ódio e raiva. Quando fui votar em sequência (depois de Bolsonaro), fui votar em uma chuva de insultos. Como um país se prestava a essa vergonha, que parlamento era aquele, como eu tinha sido eleito e ia votar sob uma chuva de xingamentos homofóbicos? Quando voltei ao meu lugar, esse sujeito (Bolsonaro) fez um insulto homofóbico que não vou reproduzir e aí, nessa hora, entrei em um transe e cuspi na cara dele. Meu gesto foi o de maior dignidade da minha noite – observou.

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