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João Pessoa

Preso, Roberto Jefferson dispara contra o STF em carta: “Abutres”

Ainda preso, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, não poupou críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) em uma carta escrita por ele de dentro da prisão para a qual foi mandado por decisão do ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte. No texto, intitulado de Reflexões de um preso político, o ex-deputado chama os ministros de “abutres”.

Divulgada pela rádio Jovem Pan durante a edição de quarta-feira (25) do programa Os Pingos nos Is, a carta traz um resumo da percepção do ex-parlamentar do momento vivido nos últimos tempos e atualmente no país. Segundo Jefferson, “forças satanistas” têm “saciado sua sede voraz de poder com as lágrimas de frustração das famílias cristãs do Brasil”.

O ex-deputado escreveu ainda, fazendo clara referência aos ministros do Supremo Tribunal Federal, que “os abutres traíram o povo honrado da pátria amada” ao anularem “sentenças e condenações dos poderosos, apanhados na Lava Jato”.

– Soltaram os corruptos. Destruíram no coração de nossa gente o credo na Justiça. O que dizer a nossos filhos? O que? Traíram a boa fé do povo. Acumpliciaram-se aos gatunos. Desonraram a sagrada balança e a varonil espada. O que dizer a nossos filhos e netos? Basta! Há que haver um ponto final a esse estado teratológico de monstruosidades jurídicas – completou.

Leia abaixo, na íntegra, a carta de Roberto Jefferson:

Reflexões de um preso político

A elite tecnocrática nomeada e vitalícia, destruiu a crença de nosso povo na democracia. Qual o principal sentimento, a principal convicção, a principal certeza de fidúcia e confiança no regime da lei e da ordem? A correta, diligente e honesta aplicação da lei. Essa é a garantia da existência da justiça e sua aplicação. Segurança jurídica, igualdade, igualdade.

O orgulho causado de brios e felicidades do povo brasileiro decorreu de saber que os poderosos foram alcançados pela espada da Justiça. A operação Lava Jato e suas consequências gerou expectativas, mais, convicções, de que todos são iguais perante a lei. Orgulho: igualdade perante a lei.

Políticos, juízes e empresários corruptos sendo presos e condenados à prisão e obrigados a devolver o fruto do malfeito. A papuda virou pensão dos papudos. Houve um momento de absoluta fé na lei e na ordem democrática. Até que forças satanistas, empalmadas pela sedução dos corruptores e nos comunistas, apascentou o ninho mórbido dos urubus. Os urubus abomináveis que têm se banqueteado com o pão de sangue do nosso povo, e saciado sua sede voraz de poder com as lágrimas de frustração das famílias cristãs do Brasil.

Os abutres traíram o povo honrado da pátria amada. Anularam, isto mesmo, anularam as sentenças e condenações dos poderosos, apanhados na Lava Jato. Soltaram os corruptos. Destruíram no coração de nossa gente o credo na Justiça.

O que dizer a nossos filhos? O que? Traíram a boa fé do povo. Acumpliciaram-se aos gatunos. Desonraram a sagrada balança e a varonil espada. O que dizer a nossos filhos e netos? Basta! Há que haver um ponto final a esse estado teratológico de monstruosidades jurídicas. Xô urubus! Vocês traíram o povo do Brasil. Traíram nossa nação. Traíram a pátria amada. Escarneceram do espírito santo, pois defraudaram a nossa fé. Supremo é o povo. Sete de setembro rugirá a nossa indignação. Xô urubus! Vão pousar noutra comarca.

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