O arcebispo Paulo Garcia, da Igreja Episcopal Carismática do Brasil, divulgou um pronunciamento em que lança duras críticas à conduta dos ministros do Supremo Tribunal Federal. O líder religioso relatou estar “preocupado” com o destino do país.
– Tenho estado muito preocupado e triste por tantos fatos que vêm acontecendo no Brasil de hoje. Estamos vivendo dias muito difíceis. Há uma escalada de autoritarismo nunca vista. Parece que não há mais segurança jurídica na nossa terra. Direitos individuais estão sendo suprimidos. Quem emitir opinião diferente de um certo Tribunal composto por pessoas que não foram eleitas para nos governar, está sujeito a perseguição e prisão – diz o arcebispo.
Garcia também alerta para a gradual perda da liberdade de expressão, e chegou a dizer que os fieis correm risco de não poder professar a própria fé.
– Se não falarmos, em breve seremos proibidos de declarar a nossa fé, até mesmo nas igrejas. Bíblias e crucifixos estão sendo retirados das Escolas. Recentemente um Colégio em Aldeia – Camaragibe, Pernambuco – foi ridicularizado pela mídia por se posicionar a favor dos valores cristãos. Há poucos dias o pastor Jorge Linhares, em Belo Horizonte, foi convocado a se apresentar perante uma autoridade para se explicar porque afirmou que só existe o sexo masculino e feminino. Se as coisas continuarem assim, muito em breve seremos impedidos de falar de Jesus e proclamar as Boas Novas do Evangelho – afirmou.
LEIA O PRONUNCIAMENTO DO ARCEBISPO NA ÍNTEGRA
Tenho estado muito preocupado e triste por tantos fatos que vêm acontecendo no Brasil de hoje. Estamos vivendo dias muito difíceis. Há uma escalada de autoritarismo nunca vista. Parece que não há mais segurança jurídica na nossa terra. Direitos individuais estão sendo suprimidos.
Quem emitir opinião diferente de um um certo Tribunal composto por pessoas que não foram eleitas para nos governar, está sujeito a perseguição e prisão. Jornalistas independentes têm sua liberdade suprimida, canais de comunicação são desmonetizados ou retirados do ar. Estamos sendo impedidos de manifestar com liberdade nossas opiniões. Mais do que isso, estão querendo calar as nossas vozes.
Como cristãos nós líderes, pastores e bispos precisamos nos posicionar. Não podemos ficar calados. Martinho Lutero, reformador do século XVI dizia: “a paz, se possível; a verdade a qualquer preço”.
Alguém poderia questionar: “mas, bispo, o senhor não deveria falar assim, pois há gente na igreja que pensa diferente.
Mas, diferente do quê? Nós não concordamos com o aborto, com corrupção, sexualização precoce, roubalheira, linguagem neutra na língua portuguesa, ideologia de gênero. Se há alguém que não entende assim, é sinal que não entendeu nada dos ensinos de Cristo e o que tenho pregado durante 47 anos nessa Catedral.
Se não falarmos em breve seremos proibidos de declarar a nossa fé, até mesmo nas igrejas.
Bíblia e crucifixos estão sendo retirados das escolas. Recentemente um Colégio em Aldeia – Camaragibe, Pernambuco – foi ridicularizado pela mídia por se posicionar a favor dos valores cristãos.
Há poucos dias o pastor Jorge Linhares, em Belo Horizonte, foi convocado a se apresentar perante uma autoridade para se explicar porque afirmou que só existe o sexo masculino e feminino.
Se as coisas continuarem assim, muito em breve seremos impedidos de falar de Jesus e proclamar as Boas Novas do Evangelho.
Conclamo a todo o povo cristão, em particular a Igreja Episcopal Carismática, da qual sou o Arcebispo e Primaz, a lutar pela nossa liberdade, esse dom supremo que nosso Senhor Jesus Cristo nos conferiu.
Vamos orar e jejuar suplicando a Deus força, coragem e unção para construirmos uma nação sedimentada nos valores bíblicos. Não podemos negociar a nossa fé.
Jesus é o homem que esse país precisa. Ou é Cristo ou é o caos!
E que para tanto nos ajude o Senhor.
“Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor “ (Salmo 33: 12)
Dom Paulo Garcia
Arcebispo e Primaz da
Igreja Episcopal Carismatica
do Brasil
Recife, 22 de agosto de 2021.