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‘Não é ideologia, é ter condição de se defender’, diz Hipólito Lima sobre porte de arma de fogo

O presidente da Federação Paraibana de Tiro Prático e advogado criminalista, Hipólito Lima, durante entrevista nesta terça-feira (16) ao programa Rede Verdade, da TV Arapuan, falou a respeito da polêmica que envolve o decreto do presidente Jair Bolsonaro que flexibiliza os critérios de autorização para porte e posse de arma de fogo, além da compra de armas e munição. Os decretos também ampliam de quatro para seis o número de armas que um cidadão brasileiro pode possuir.

Durante a entrevista, questionado sobre o direito da população se armar, Hipólito defendeu e explicou que mesmo após o decreto do presidente o número de brasileiros que possuem arma de fogo no Brasil é pequeno e menor do que em países como Estados Unidos, Argentina e Uruguai. Mesmo assim, ele apontou que se um criminoso têm a convicção de que a população está armada, eles vão pensar ‘duas vezes’ antes de tomar qualquer ação criminosa contra.

“Eu não tenho dúvidas de que, se os marginais, ao vir assaltar a minha casa ou patrimônio, se eles têm a convicção de que estou desarmado, não tenho dúvidas que isso seja um fator preponderante para que ele tenha o encorajamento necessário e entrar na minha residência. Agora, se eles tiverem ao invés de um X [alvo] nas minhas costas, ter uma interrogação. Será que ele está armado? Eles vão pensar duas vezes”, disse o presidente da Federação Paraibana de Tiro Prático.

Perguntado se isso seria então uma possível incapacidade das forças de segurança pública em proteger à população, Hipólito Lima rechaçou a ideia e afirmou que é ‘impossível a Polícia dá uma resposta imediata’ a quem quer que seja. “A população deve ser uma auxiliar as forças de segurança pública. É preciso lembrar, portanto, que mesmo sendo eficiente, a nossa Polícia Militar, nossa estrutura de segurança em si, não é possível crer que ao ter um enfrentamento na minha residência, no meu negócio, eu ligue e de imediato e brote um policial militar para me salvar. Isso é absolutamente impossível”, disse ele.

“Uma pessoa que passou por todas as habilidades e testes legais ser impedido de defender o seu patrimônio não é uma questão única de ideologia entre ser armamentista, ou ser contra, é uma questão sobre liberdade de eu ter condição de defender a minha família, o produto do meu trabalho ou não. Respeito completamente quem é contra, é uma opção sua, mas eu gostaria de ter o direito de defender a minha família, pois sei que estou habilitado para isso”, concluiu.

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